21 setembro, 2006

A bomba do ano!



Quer saber qual é a bomba do ano? Não, não é mais um escândalo político. Trata-se do lançamento da coleção L&PM Pocket Plus, mais uma empreitada da referida editora, que planeja jogar no mercado milhares de livros ao preço de R$ 6,00. Tem Rimbaud, Kerouack, Burroughs Sartre e mais, muito mais. Corra para a livraria mais próxima meu nego! Este preço até parece lavagem de dinheiro. Boa oportunidade pra começar aquele seu projeto de montar uma biblioteca particular, né não?

19 setembro, 2006

Distopia especial: A Crise Freud II




Distopia especial: A Crise Freud

Vai piorar?

Os petistas tem uma capacidade impressionante, nunca vista, de se autodestruir. São amadores, sem dúvida. A gravidade da crise que se avoluma sobre a cabeça dos "poderosos de plantão" pode levar o Lula a promover um golpe pra se manter presidente. Se o outro lado da moeda (PSDB e PFL) for mais astuto, Lula cai até domingo. E o país? Ei, quem liga pro Brasil?

18 setembro, 2006

Spy + Cicareli + Ronaldinho

- Olha, cara, nem precisa me pagar. Foi isso que o detetive particular falou - com um sorriso maroto no rosto - ao entregar a fita de vídeo pro Ronaldinho. UPDATE: Quem viu, viu! O You Tube acaba de retirar o picante movie da web.

Perto do fim

As eleições se aproximam do fim e, como deve ser, a coisa começa a esquentar. No fim de semana, notícias sobre conspirações e dossiês circularam por jornais e revistas. Lula também aproveitou para dizer o que realmente quer fazer com o Congresso Nacional: fechar a lojinha! Eu reafirmo meu voto nulo!

17 setembro, 2006

Anarquia Japa-pop

Roubado de no mínimo.

Até agora o único livro do japonês Genichiro Takahashi lançado nos Estados Unidos, e também o primeiro a chegar ao Brasil, “Sayonara, Gangsters” (Ediouro, tradução do japonês de Jefferson José Teixeira, 296 páginas, R$ 39,90) é um espanto. Engraçado e perturbador, satírico e ridículo, cínico e bobo, incongruente e brilhante, é tarefa inglória tentar encontrar referências que situem o trabalho de Takahashi, um ex-diretor de filmes pornográficos, em algum tipo de tradição literária ou mesmo antiliterária. O “Japan Times” bem que tentou, falando em “Pynchon com editor” e “Calvino como ele é”. O que talvez tenha sua graça, mas não soa muito condizente com uma história passada num futuro indeterminado em que as pessoas já não têm nomes propriamente ditos, o protagonista é conhecido como Sayonara, Gangsters (sim, o livro leva o nome dele), existe uma sala de aula com um deserto no meio e Virgílio, o poeta, é uma geladeira.

O “Japan Times” não teria como saber disso, mas, aqui do meu canto, o escritor mais aparentado com Takahashi em que consigo pensar é o José Agrippino de Paula de “PanAmérica”: cada um a seu modo, os dois refratam a cultura pop num prisma de loucura. O trecho abaixo dá uma idéia do grau de piração do livro, que foi lançado no Japão em 1982 e chega ao Brasil com a mesma capa e a mesma recomendação de Jonathan Safran Foer, autor de “Tudo se ilumina”, que ajudaram a vendê-lo no careta mercado americano: “Com certeza é um livro engraçado. E belo. E um pouco maluco também. E assustador. E de partir o coração”. É por aí. Se você não gosta de literatura que anarquize sua cabeça, não passe nem perto de “Sayonara, Gangsters”.

Eu e esse cara estávamos de pé no meio do corredor da escola.

De pé diante de mim, o professor de história perguntou:

— Diga-me, garoto, você realmente tem certeza de que o descobridor da América em 1492 foi Babe Ruth?

— Não — eu respondi. — Desculpe meu erro, mestre. Foi Marlon Brando.

— Permaneça de pé por mais uma hora — o professor ordenou.

O professor de história parou diante desse cara.

— Você realmente acha que o livro que a rainha Elizabeth I pediu a Shakespeare para escrever em 1598 era Emmanuelle? — ele indagou.

— Hum — esse cara gemeu e, de braços cruzados por algum tempo, permaneceu pensativo. Então esse cara inesperadamente abriu um pequeno sorriso, indo sussurrar algo ao pé do ouvido do professor.

— Permaneça aí até amanhã de manhã — o professor ordenou.

Esse cara despendeu de pé, no corredor da escola, alguns anos valiosos daquele período difícil da vida.

À semelhança de um judeu que finalmente chega à Terra Prometida, nem um pé-de-cabra o tiraria de sua posição no corredor.

Mesmo no dia de minha formatura, esse cara continuava de pé no corredor, dirigindo-se de modo divertido aos professores e alunos que passavam diante dele: — Vejam, eu sou um corredor.

— Adeus — eu disse ao me despedir dele.

Sofri ao me formar por ter que deixar esse cara para trás, sozinho no corredor.

— Não esquenta com isso — esse cara me disse. — Descobri que sou um corredor. Saiba que ser um corredor é algo muito positivo. Ei, escuta… tem uma coisa que eu, na qualidade de corredor, gostaria de lhe dizer. Você leva jeito para poeta. Estou certo disso num sentido bem “corredorístico”, você sabe.

Eu concentrava toda a força de meu corpo nos olhos, a contemplar esse cara.

Naquele momento já era praticamente impossível distingui-lo do corredor e, por isso, bastaria relaxar um pouco os sentidos para não poder mais perceber a diferença entre os dois.

— Você acha que eu tenho tino para poesia?

Esse cara emitiu um guincho.

— Existem muitos tipos de corredor! — ele gritou.

Ele parecia já não entender mais o que eu falava.

— A maioria dos corredores é reta, mas ao virarem, sempre o fazem em ângulos retos.

O corredor emitia guinchos quando era pisado.

— Andar pelo corredor de ponta-cabeça: a isso se denomina teto. Por isso, o teto é também um corredor. Se andarmos pelo teto, certamente ele emitirá guinchos.

Eu disse “adeus” ao corredor que não parava de guinchar.

Dessa forma tomei conhecimento de que eu era poeta.

15 setembro, 2006

Todo mundo tem história!

Achei algumas raridades aqui em casa, fotos cheias de significado. Memória afetiva que anda latente. Acompanhem o jovem Rauda Graco através destas três décadas.


Fim dos anos 70. 3 anos de idade, aprendendo a ler com Gibi. Olha o cabeção do pivete!


Sete anos de idade, minha grande viagem - juntamente com meu pai - através do Rio Amazonas. 20 dias impressionantes, nunca esquecerei.


Anos 80, finzinho da ditadura militar, desfilando no 7 de setembro fantasiado de marinheiro. Um verdadeiro absurdo. Meu tio Souza, que era capitão da Marinha, me enchia o saco pra virar marinheiro. Ainda bem que não rolou.




Eu devo ter uns 10 anos. Este lugar é uma das muitas redações por onde meu pai - jornalista - trabalhou. Aquilo ali é que era vida! E eu nem bebia!


Nesta época eu fazia curso de piloto privado e voava num Aero Boero de 700 kg. 500 kg de motor e 200 kg de lona. O "manche" era um cabo de vassoura e o vôo era do caralho. Esta foto foi tirada durante a Semana da Asa. Ao fundo um avião Tucano, da Esquadrilha da Fumaça, ainda com a pintura antiga, que era vermelha.


Acho que é 1991, início da militância estudantil, tomando todas no Bixiga com membros da UNE.

Falsificação

Maria Rita + domingo + Parque Central + Santo André = Não vou!

Pipocou

Depois de ganhar tudo em 2005, é hora de não ganhar nada. A luz vermelha está acesa. O São Paulo recrudesce a fama de pipocar, mais uma vez. Depois de perder para o Santos o Paulistão e a Libertadores para o Internacional, deu para o Boca a Sulamericana. Os mais otimistas - eu conheço a torcida do São Paulo e posso dizer que eles não existem - ainda nutrem uma pequena esperança de ver o tricolor agarrar a taça nacional. Pra reverter o quadro, precisamos de artilharia, zaga, talvez um novo técnico.

13 setembro, 2006

Isso aqui é pra você, Boxeur!

Cria vergonha na cara, vira homem, porra!

05 setembro, 2006

Em breve


Pra não dizer que nada fiz neste maldito ano de 2006, Distopia vai virar livro, as últimas canetadas de nankin estão sendo dadas. O volume deve sair em novembro. A produção é independente. Foda-se o sistema, né?

04 setembro, 2006

Guy Debord, para incendiários!


A Sociedade do Espetáculo no Brasil é esculhambada, mas existe. Um bom exemplo é o de Fernanda Karina Somaggio, ex-secretária de Marcos Valério. Depois de dedurar o chefe no esquema do mensalão, ganhou a mídia e tentou posar para a Playboy. Hoje é candidata a Deputada Federal pelo PMDB. Quer defender as crianças etc.

Saca aqui o artigo do Le Monde sobre o lançamento - na França - da obra completa do Guy Debord, sujeito que deu antes - nos moldes da revista Trip - toda a fita sobre o comportamento da sociedade diante da tecnologia, mídia, capitalismo e o caralho todo que rola neste mundo onde Jesus um dia já peidou.

Guy Debord, o irrecuperável

Lançada, na França, a obra completa do autor que dissecou a “Sociedade do Espetáculo”. Da crítica da arte à análise política, textos revelam pensamento que, ao destacar o caráter alienador do capitalismo, defendia o direito do ser humano a inventar sua própria vida

É paradoxal a situação de Guy Debord no panorama intelectual francês; de um lado, todos o citam, fazem referência a ele, mesmo os personagens do espetáculo a quem ele sempre se opôs; de outro lado, impressionamo-nos com a indiferença da imprensa diante do lançamento do conjunto de sua obra em um só volume [1]. Tal livro, além de suas obras já publicadas, traz uma preciosa coletânea de cartas, intervenções, artigos publicados em revistas e notas inéditas. É sem dúvida um acontecimento que permite, de uma só vez, vislumbrar o desenvolvimento desse pensamento, ano após ano, e encontrar sua impressionante coerência. Mas é como se a partir de agora, Debord devesse estar submetido a clichês, a fórmulas estereotipadas e vazias sobre a “sociedade do espetáculo”. Isso em detrimento da indefectível orientação revolucionária daquele que não teve, em seus textos ou em sua vida, outro objetivo além de lesar a ordem vigente, ou ao menos não lhe fazer qualquer concessão. Clica aqui para ler o artigo inteiro do Le Monde. Se és neófito em Debord, recomendo a leitura de sua obra mais "popular", La Société du Spectacle, em português.

Eu quero é ver beleza!

Os picaretas de plantão me enviaram este link aqui. É engraçado, não é mesmo?

01 setembro, 2006

Bike



Estou precisando de uma bike emprestada. Já tenho o capacete. Espero a solidariedade dos amigos. Devolvo em, no máximo, sete anos! Obrigado.

CM1, o futuro!




CM1 - The Children's Machine 1. Vamos logo nos acostumando, este é o PC de cem doletas que dentro de mais alguns anos estará nas escolas de todo o mundo, desenvolvido para aprimorar o aprendizado da população pobre do planeta terra. Quero um destes na cozinha, outro na mochila!